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sexta-feira, 17 de fevereiro de 2017

Onicomicose: saiba o que é, como se transmite e se você pode ter! (1a parte)


Olá queridos leitores! Hoje venho falar-vos de um incómodo que, há alguns anos atrás, não era muito divulgado embora muita gente já tivesse sofrido com ele. Felizmente, os meios de comunicação e mesmo a própria publicidade, têm abordado com mais frequência este assunto e proposto diferentes soluções para este problema. Estou a falar das onicomicoses, ou, numa linguagem mais simples, micoses das unhas.
É uma infecção fúngica provocada por fungos dermatófitos, fungos que se alimentam da queratina, substância que forma as unhas, podendo ser também causada por fungos não dermatófitos e por leveduras, sendo estes casos mais raros. Afecta cerca de 20% da população idosa, 10% da população adulta e é muito rara em crianças, devido ao rápido crescimento da unha, que complica o desenvolvimento dos microorganismos.
Os seus sintomas começam por fazer-se notar na coloração da unha, que pode ficar mais amarelada e em casos mais graves, acastanhada, ou mesmo no surgimento de uma mancha esbranquiçada, que surge geralmente nos cantos superiores das unhas (dependendo do tipo de onicomicose, que será abordado mais à frente), alastrando-se gradualmente por toda a unha. Ao mesmo tempo, a unha adquire também um aspecto baço e quebradiço, é possível observar uma pasta esfarelada debaixo da mesma e vai-se descolando da zona onde está inserida, chamada de leito ungueal.
Numa fase mais avançada, a unha fica engrossada, deformada, podendo mesmo encravar e quando isto acontece, pode causar infecções. Quando a micose chega até à raíz da unha destrói-a completamente.
Os tipos de onicomicose podem ser distal, próximal e superficial.

Distal: é a forma mais comum de onicomicose e começa por afectar um dos cantos superiores da unha estendendo-se depois lentamente por toda a unha até chegar à sua raíz. A unha pode começar a descolar-se a partir da extremidade afectada, agravando-se o descolamento à medida que a patologia avança.

Próximal: é a forma menos comum da infecção fúngica e ao contrário da distal, começa por afectar a base da unha. Este tipo ocorre em pessoas imunodeprimidas, como pacientes com VIH.

Superficial: É mais comum em crianças e este tipo afecta apenas 10% dos adultos. Neste caso a mancha afecta "o meio" da unha, estando mais perto da base do que das extremidades, espalhando-se depois por toda a unha.


Como surge a onicomicose?

A onicomicose apanha-se com muita frequência nos balneários de piscinas, saunas, duches e ginásios, através do uso de toalhas, tesouras, limas e alicates mal higienizados e contaminados, bem como tapetes de pés, polibans e banheiras. Também o solo contaminado ou o pêlo de animais contaminados pode ser uma fonte de transmissão.
 Algumas pessoas podem ser afectadas e outras não, pelo facto do sistema imunitário estar mais debilitado por algum motivo e/ou por certos hábitos de higiene como o arejamento do calçado, cuidados de higiene em ambientes públicos, etc... A onicomicose pode afectar as unhas das mãos, mas é mais frequente nas unhas dos pés, uma vez que estas oferecem as condições ideais para o desenvolvimento dos fungos, estando muitas vezes em ambientes escuros, quentes e húmidos como calçados fechados. Afecta também com mais frequência a unha do dedo grande do pé, podendo estender-se às unhas dos outros dedos, dependendo do sistema imunitário da pessoa afectada e hábitos de higiene.

Este assunto, como se costuma dizer, "dá pano para mangas" e, para não vos "maçar" mais queridos leitores, irei continuar a abordá-lo nos próximos posts dedicados a este tema, por isso estejam atentos. Curar a onicomicose requer persistência e paciência, mas é possível!

Imagem: Creative Commons

Referências: https://rotasaude.lusiadas.pt/conselhos-para-evitar-a-micose-das-unhas/  , http://www.mdsaude.com/es/2015/12/micosis-de-una.html ,




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